Idade Média

24 setembro 2013

Dignidade pessoal nas classes sociais medievais: clero, nobreza e povo

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As três classes sociais: clero, nobreza e povo  Religioso, nobre e plebeu
As três classes sociais: clero, nobreza e povo

Religioso, nobre e plebeu

Havia na Idade Média uma forma de distinção própria a cada classe social.

Ela era condicionada à função de cada qual na sociedade.

Havia uma distinção eclesiástica, uma distinção aristocrática e uma burguesa.

É necessário não confundir a distinção, segundo a concepção medieval, com a dos tempos modernos.

No Ancien Régime, por exemplo, a distinção eclesiástica era ter o cabelo empoado, usar lencinho, e uma série de atitudes congêneres que davam idéia de um homem adamado, freqüentando a sociedade mundana.

Hoje, o bispo avançado procura parecer com qualquer um, um sindicalista ou um invasor de terras do tipo emessetista.

Bispo, Notre Dame de Paris
Bispo, Notre Dame de Paris


Na Idade Média, pelo contrário, vemos o espelho da distinção do clero nas imagens de bispos esculpidas nos portais das catedrais góticas:

Homens eretos, de porte firme, olhar profundo e simplicidade de maneiras; mas ao mesmo tempo com racionalidade e nobreza, em tudo extraordinárias; verdadeiros pastores de almas, verdadeiros guias, príncipes na ordem do espírito, sem nenhuma preocupação de caráter mundano.

Eis o verdadeiro símbolo da distinção eclesiástica.

A distinção do nobre era uma distinção guerreira, porque a classe aristocrática era a classe militar.

A distinção do nobre consistia essencialmente em ser um batalhador corajoso, de peito aberto, olhar inflamado, atitude decidida.

A distinção plebéia, no fim da Idade Média, é a distinção do burguês: sério, calmo, bonachão, pensativo, de aspecto grave, colocado atrás de uma verdadeira tribuna, que era o seu balcão.

Nobre, batalha de Crécy
Nobre na batalha de Crécy

É a figura típica do burguês ou do artesão.

Esse modo de ser fazia parte da distinção burguesa.

São três estilos de vida, três funções diferentes na sociedade, dando origem a três tipos distintos.

Porém todos eles, dentro dessas várias ordens, são proprietários das funções que ocupam, e nelas encarnam graus diferentes de distinção, personificando dessa forma os seus respectivos cargos.

Podemos assim ter uma idéia da variedade de tipos e da índole profunda que imperava no conjunto das instituições medievais.

Eram homens profundamente enriquecidos em sua dignidade pessoal, encarnando e personificando as posições que ocupavam.

Esta é uma das mais profundas razões da força e da solidez das instituições medievais.

Autor: Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
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1 Comentário »

  1. gotei muito….

    Comentário por EMERENTINA — 26 abril 2015 @ 11:39 | Responder


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